1. EUA retomam sanções contra os setores de petróleo e gás da Venezuela. A medida que aliviou as sanções expira nesta quinta-feira e não será renovada. O motivo, segundo autoridades americanas, é que o governo de Nicolás Maduro não cumpriu um acordo para garantir eleições livres em julho. Os principais candidatos da oposição foram impedidos de participar das presidenciais, na qual Maduro busca um terceiro mandato. Washington havia levantado as sanções contra o setor energético venezuelano em outubro de 2023, por um prazo de seis meses. Mas desde então a principal adversária de Maduro permanece inabilitada e sua substituta, Corina Yoris, não conseguiu inscrever sua candidatura. O governo americano deve estabelecer um prazo de 45 dias para que as empresas encerrem seus negócios com companhias de gás e petróleo do país. A licença temporária concedida pelos EUA rendeu US$ 740 milhões adicionais em vendas de petróleo para a Venezuela, segundo uma consultoria venezuelana ouvida pela Bloomberg. Gostou da newsletter? Encaminhe para alguém que você acha que também vai gostar. Alguém enviou para você? Se inscreva aqui para receber de graça. 2. Número de soldados russos mortos na Ucrânia é oito vezes maior do que os dados oficiais, diz BBC. A mídia britânica realizou uma investigação que incluiu a identificação de tumbas militares em 70 cemitérios da Rússia e inúmeros documentos. A BBC afirma que, no último ano, o total de militares russos mortos aumentou 25% em relação ao primeiro ano da guerra na Ucrânia, e que isso ocorreu por conta da estratégia de "moedor de carne" utilizada pela Rússia, que consiste em enviar de maneira ininterrupta ao fronte inimigo grupos de soldados para tentar esgotar as forças ucranianas e descobrir, de maneira precisa, suas posições. A BBC afirma que seus números são bem inferiores à realidade e informa não ter computado as mortes em Donetsk e Lugansk, repúblicas separatistas pró-russas no leste da Ucrânia. A reportagem diz ainda que 9 mil soldados recrutados em prisões russas pela milícia Wagner foram mortos. 3. União Europeia impõe sanções contra os drones e mísseis do Irã. O objetivo é visar as empresas que fabricam esses equipamentos, segundo o presidente do Conselho Europeu, Charles Michels. A decisão foi tomada em uma reunião de líderes do bloco e ocorre após o ataque iraniano contra Israel com mais de 300 drones e mísseis, quase todos interceptados por Israel e países aliados. Os chefes de Estado e de governo da UE também condenaram "energicamente" a ofensiva iraniana e afirmaram trabalhar para evitar uma escalada do conflito, especialmente no Líbano. Os EUA também já anunciaram que vão impor novas sanções contra o Irã nos próximos dias para restringir componentes militares usados em drones e mísseis e limitar ainda mais as exportações de petróleo do país. 4. Google demite funcionários que protestaram contra contrato com Israel. As manifestações, organizadas pela associação No Tech for Apartheid, ocorreram em escritórios da Google em Nova York, Seattle e na Califórnia. As pessoas ocuparam os locais por quase dez horas. Nove empregados foram presos sob acusação de invasão e 28 foram demitidos porque se manifestaram em áreas da empresa. Eles protestaram contra o projeto Nimbus, um contrato de US$ 1,2 bilhão em conjunto com a Amazon para fornecer serviços de Inteligência Artificial e nuvem ao governo israelense. Em Sunnyvale, na Califórnia, os manifestantes invadiram o escritório do CEO da Google Cloud. O contrato existe desde 2021, mas os protestos ocorreram após uma reportagem da revista Time, que cita um documento interno da empresa, afirmar que o ministério da Defesa de Israel é cliente da Google Cloud. 5. Dubai tem inundações e caos após maiores chuvas em 75 anos. A tempestade atingiu os Emirados Árabes Unidos e Omã. Apenas em Dubai choveu, em um só dia, o equivalente ao que normalmente chove em um ano. As chuvas torrenciais inundaram estradas e casas e causaram engarrafamentos. Em Omã, pelo menos 20 pessoas morreram. Nos Emirados Árabes Unidos, onde uma pessoa morreu, escolas e escritórios do setor público vão ficar fechados por vários dias. Em Dubai, a chuva provocou cortes de energia e atrasos e cancelamentos de voos. A chuva é algo raro nesses países com clima desértico e até por isso eles não têm sistemas de drenagem para lidar com dilúvios. As enchentes levantaram questionamentos sobre técnicas usadas pelos Emirados para incentivar chuvas a partir de produtos químicos, e se isso poderia ter causado as tempestades.  | | Condomínio residencial em Dubai segue com rua inundada dois dias após chuvas históricas atingirem os Emirados Árabes Unidos | | Imagem: Rula Rouhana/Reuters |
Deu no Le Monde: "Hackers russos afirmam ter feito ciberataque contra barragem hidroelétrica na França, mas era um moinho." Uma investigação do jornal afirma que o grupo "Russian Cyber Army", que seria ligado aos serviços secretos da Rússia, publicou no Telegram um vídeo mostrando a sabotagem da central hidroelétrica de Courlon-sur-Yonne, a 100 quilômetros de Paris. Filmagens da barragem com drones são editadas com imagens de programas informáticos que controlariam a abertura das comportas. O objetivo da operação foi mostrar que os hackers russos são capazes de controlar barragens e provocar inundações. Segundo o jornal, houve no início de março uma pirataria no programa de controle de uma instalação hidroelétrica francesa, mas foi a de um moinho de pequeno porte. Os piratas russos vêm tentando atacar infraestruturas de gestão de água nos países aliados da Ucrânia, escreve o jornal. O mesmo canal do Telegram já reivindicou ataques na Polônia e nos EUA. O Google alertou ontem que os ciberataques russos representam uma ameaça mundial. Leia mais. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário