Bom dia!
Faz dias que o mercado financeiro só fala do que está rolando em Nova York, na Europa, na China. Nesta quinta, porém, a Petrobras deve funcionar como um ímã das atenções de volta para o país. Tudo na base da expectativa. Após o fechamento do mercado, a companhia anuncia os resultados financeiros de 2023 e o tamanho dos dividendos que serão pagos aos acionistas.
O plano de remuneração foi modificado no ano passado, mas ainda assim era considerado generosos. Aí, na semana passada, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, disse que a estatal poderia reter pagamentos extraordinários para financiar a transição energética no portfólio. As ações recuaram.
Acontece que a Petrobras está no maior valor de mercado de sua história – e, mesmo assim, as ações continuavam a subir. É como se a fala de Prates fosse apenas uma "desculpa" para colocar uma parte do lucro no bolso. Especialmente porque, quando uma empresa está valorizada desta forma, a tendência é que as expectativas sejam frustradas na divulgação de resultados, não importa o quão bons eles sejam. No pré-mercado de Nova York, os papéis da Petrobras sobem 0,12%.
Para além da Petro, a Vale também está novamente no noticiário. Ontem, o Radar Econômico noticiou que a companhia está sondando Sergio Rial para o cargo de CEO, uma novela que vem se arrastando há mais de um mês.
Rial promoveu a recuperação da Marfrig e consolidou o Santander no Brasil. Depois, teve uma passagem relâmpago pela Americanas, mas deixou a companhia após descobrir que era CEO de um negócio que gestou por anos uma fraude contábil bilionária. Ele não é o único nome ventilado. O Valor Econômico Walter Schalka, presidente da Suzano, também foi sondado. A Vale avança 0,89% em Wall Street. Já o EWZ, que emula a bolsa brasileira, recua 0,42% nesta manhã.
No exterior, a Europa não tem uma tendência clara, em dia de espera pela decisão de juros do Banco Central Europeu. A manutenção da taxa no recorde 4% ao ano é uma bola cantada. O que vale, então, é a fala da presidente do BCE, Christine Lagarde, e os indicativos de quando começam os cortes.
Nova York, porém, voltou ao positivo. Ontem, Jerome Powell falou aos deputados americanos e reafirmou que a inflação não precisa estar em 2% para o início dos cortes de juros por lá. O que importa é que ela esteja caminhando na direção correta. A fala, que hoje deve ser repetida aos Senadores, pareceu novidade em meio a um pessimismo com a possibilidade de o Fed ser mais conservador do que o necessário. Bastou para os mercados voltarem a subir. Bons negócios.
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