A colunista Carolina Brígido revela que Lula cogita pôr a advogada negra Claudia Trindade no comando da AGU. Seria boa notícia para a diversidade. O diabo é que ela seria colocada ali para ocupar a vaga de Jorge Messias, se esse for alçado ao STF na vaga de Rosa Weber. A mesma Brígido já havia publicado, mais cedo, levantamento mostrando que o presidente, até agora, escolheu homens para 73% das vagas abertas no Judiciário. Leonardo Sakamoto faz um raio-x da composição do poder do ponto de vista de gênero. Mulheres compõem 18% do Congresso e do STF e 27% dos ministérios, "e com viés de baixa", uma vez que Ana Moser já vê o caminho seguido por Daniela Carneiro se apresentar à sua frente. "Repetir que o que importa é a competência e não a representatividade, como se mulheres não fossem competentes, só faz com que Luiz fique com a cara de Jair", avalia. Embora os votos femininos tenham sido fundamentais para o resultado da eleição presidencial, "Lula age como se desejasse cutucar o feminismo com o pé para ver se ele morde", diz Josias de Souza. Madeleine Lacsko não bota fé nos dentes de pelo menos parte de quem se diz apoiador do movimento: "Pleitear representatividade de minorias tem tido, infelizmente, mais a ver com lacrar e sinalizar virtude do que com reivindicar mudanças reais. O presidente da República sabe disso", aponta. |
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