As Bolsas mundiais operam em baixa nesta quinta-feira (17), com o mercado receoso pela economia do Japão, além dos impactos da covid-19 na China e na Ásia. Por aqui, o foco permanece na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição. Até o momento, o projeto retira o Auxílio Brasil do teto de gastos, sem prazo para retorno e ao custo de cerca de R$ 175 bilhões, o que vem gerando receio de desequilíbrio fiscal. Japão e China. Enquanto o mundo procura controlar a inflação, reduzindo seus gastos e equilibrando os recursos injetados na economia, o Japão reitera seu compromisso com o programa monetário acomodatício — isto é, com juros baixos e incentivo ao consumo —, acreditando que isso sustentará o momento frágil do país. Ainda na Ásia, o mercado acompanha um potencial estímulo da China no horizonte, o que pode apoiar uma recuperação do minério de ferro e do petróleo. Os preços dessas commodities vêm oscilando bastante por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia e o avanço da covid-19 no continente asiático. Varejo nos EUA. Os dados do varejo nos Estados Unidos, que superaram as expectativas para outubro, deixam no ar um suspense sobre a intensidade do aumento dos juros no país. A dúvida é se o ritmo ficará em 0,5 ponto percentual ou se subirá para 0,75 ponto percentual, a depender da inflação e do próximo relatório de empregos ("payroll"). Hoje são esperados discursos de vários membros do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA), que podem contribuir com mais sinais sobre o ciclo de alta de juros na maior economia do mundo. A agenda também inclui números do auxílio-desemprego nos EUA. Inflação europeia. Na Europa, dados da inflação ao consumidor deixaram investidores bastante cautelosos, com os mercados operando em queda por lá, após o indicador subir para 1,5% em outubro ante setembro e atingindo o recorde de 10,6%. Brasil. Por aqui, tivemos a divulgação do IGP-10, que caiu 0,59% em novembro, o que mantém o clima de aversão ao risco. As incertezas sobre a trajetória das contas públicas também mexem com o dólar, que opera em forte alta, chegando a atingir R$ 5,50 na abertura, com os investidores buscando proteção e esperando maior clareza sobre a evolução da PEC da Transição e dados da economia norte-americana. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, pode reiterar o alerta fiscal em evento em São Paulo. Já o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursa na COP27, no Egito. Corte no gás de cozinha. No lado corporativo, a Petrobras reduziu em 5,2% o preço médio do gás de cozinha vendido nas refinarias. O movimento normalmente pesaria contra as ações, mas a empresa finalizou uma emissão de 1,5 bilhão em notas comerciais como lastro de CRIs, uma notícia que pode gerar equilíbrio. Já a Oi tem seus bancos credores — Caixa, Banco do Brasil e Itaú — pedindo a prorrogação do processo de recuperação judicial e o bloqueio do dinheiro da venda de ativos da operadora, para que haja a garantia do pagamento de dívidas. É mais uma notícia que gera receio quanto ao futuro da empresa. ********** Confira como foi o fechamento do dólar, do euro e da Bolsa na quarta (16) Dólar: +1,55%, R$ 5,382 Euro: +1,99%, R$ 5,591 B3 (Ibovespa): -2,58%, 110.243,33 pontos ********** NA NEWSLETTER A COMPANHIA A newsletter A Companhia analisa se é o momento ou não de comprar ações da Randon, que caíram 29% em 2021 e já registram perdas de 8,3% neste ano. Conheça os pontos positivos e negativos da empresa. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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