Olá, investidor. Após ter dado início a um ciclo de alta dos juros na última reunião, elevando a taxa em 0,25 ponto percentual, para o patamar entre 0,5% e 0,75% ao ano, o Federal Open Market Committee (Fomc, o comitê de política monetária dos EUA) começa a dar sinais de que deve adotar uma postura mais agressiva nos próximos encontros. A diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Lael Brainard, admitiu durante discurso em evento virtual do Fed Minneapolis que a inflação nos Estados Unidos está muito elevada, e disse que as autoridades monetárias do país estão prontas para adotar medidas mais rígidas no combate à alta de preços. Nas últimas semanas, com a alta abrupta dos preços de algumas categorias de produtos e serviços, dentre os quais merecem destaque os combustíveis e os alimentos, membros do Fed já vinham cogitando acelerar o ritmo de alta dos juros no país para 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões do Fomc. Além disso, o mercado já projeta um cenário no qual a taxa de juros nos EUA possa superar o patamar considerado neutro, ou seja, aquele que permite crescimento econômico sem resultar em aumento da inflação. O juro neutro não é uma taxa fixa e absoluta, mas sim um patamar calculado de acordo com o contexto macroeconômico. Atualmente, especialistas estimam que tal patamar se encontre entre 2% e 3% ao ano para os Estados Unidos. Por fim, diante da perspectiva de uma alta mais rápida dos juros na maior economia do planeta, Bolsas de Valores ao redor do globo tendem a recuar, uma vez que juros mais altos tornam o investimento em renda variável menos atrativo. Os investidores esperam agora a divulgação, prevista para as 15h, das atas da última reunião do Fomc, que devem trazer mais informações sobre os próximos passos dos juros nos EUA. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Investimentos): informações sobre a prévia operacional da operadora de shopping centers Multiplan, que revelou uma tendência de recuperação do segmento. Um abraço, Rafael Bevilacqua Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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