Com mais de 6,6 milhões de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, o Brasil se aproxima perigosamente do triste marco de 180 mil mortos oficialmente causados pela doença. Enquanto o mundo volta os olhos para a corrida por uma vacina contra a covid-19 e o calendário de aplicação na população, o colunista do UOL, Jamil Chade, escreve hoje que o governo brasileiro optou pela menor cobertura possível na aliança mundial de vacinas, a Covax. Havia a possibilidade de os países solicitarem vacinas para atender até 50% de suas populações, mas o governo Jair Bolsonaro (sem partido), solicitou a menor quantidade permitida: 10%. Inicialmente, ele nem sequer havia sido informado da primeira reunião da iniciativa. Semanas depois, sem alarde, o Itamaraty enviou uma carta aos organizadores do consórcio solicitação a adesão ao projeto. A aposta do governo era de que, pela via bilateral com empresas, conseguiria preços mais baixos e eventuais transferências de tecnologia. Passaram-se os meses e, em dezembro de 2020, o governo federal tem apenas um acordo com a Oxford, enquanto outros países multiplicaram suas apostas em negócios fechados ou pelo menos iniciados com diferentes multinacionais. Eduardo Pazzuelo, ministro da Saúde, indicou que o Brasil trabalha apenas com "uma, duas ou três" opções de vacinas, enquanto entidades e especialistas alertaram que o plano nacional era insuficiente. 
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