Bom dia!
O IBGE divulga logo mais às 9h o resultado do PIB do terceiro trimestre. O crescimento da economia brasileira vem desafiando as projeções de economistas, após anos de uma sequência de resultados melhores que o projetado. Ainda assim, a expectativa é de desaceleração, uma consequência dos juros de 15% ao ano que tentam conduzir a inflação para a meta de 3% ao ano.
O fato é que, apesar de o PIB ser o dado mais importante da agenda econômica do dia, ele tem pouca importância para o desempenho da bolsa. Investidores vivem de prever o futuro, e o PIB é uma espiada no retrovisor. Não só isso. Mesmo que a economia tenha desacelerado mais do que o previsto, o fato é que a Faria Lima tem poucas esperanças de que o Banco Central brasileiro vá antecipar os cortes de juros. As apostas agora indicam que o ciclo de queda da Selic começa em março, isso após o presidente do BC, Gabriel Galípolo, pregar conservadorismo na política monetária.
Há um outro motivo que reduz a preocupação de investidores com a agenda doméstica. A bolsa brasileira tem sido carregada pelas expectativas do cenário internacional. A continuidade de cortes de juros nos EUA libera mais dinheiro para ser alocado em outros países, o que ajuda a impulsionar o mercado acionário brasileiro.
Nesta quinta, o EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, opera em queda, sugerindo uma realização de lucros após dois pregões com o Ibovespa acima dos 161 mil pontos. Por outro lado, no exterior a tendência é positiva. Os futuros americanos avançam em mais um dia de agenda fraca nos Estados Unidos, com investidores à espera da próxima reunião do Fed. Resta saber se a bolsa brasileira conseguirá pegar carona no otimismo em Wall Street. Bons negócios.
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