Bom dia!
A bolsa brasileira tenta se recuperar do ataque de pânico que abateu a Faria Lima na sexta-feira, quando Flávio Bolsonaro foi ungido sucessor do pai, Jair Bolsonaro, que está preso e inelegível, na corrida presidencial de 2026. O EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, avança 1,7% no pré-mercado, após tombo que superou os 6% no fechamento da semana passada. O Ibovespa tombou 4,31%, a maior queda diária desde 2021, e liquidou R$ 182,7 bilhões em valor de mercado em um único pregão, de acordo com dados da consultoria Elos Ayta.
A explicação para o faniquito um ano antes das eleições é que a insistência dos Bolsonaro em indicar o nome da direita para a disputa inviabilizaria as chances de Tarcísio, o preferido do mercado até aqui. Já no domingo, Flávio concedeu entrevista e disse que pode desistir da candidatura, caso seu pai seja solto e ganhe permissão para disputar nova eleição. Jair Bolsonaro está preso por tentativa de golpe de Estado.
A evidência de que o anúncio de Flávio como pré-candidato é mais uma tentativa de chantagem política ajuda na recuperação nesta segunda. Fora isso, o dia tende a ser monótono no mercado financeiro, que tem agenda fraca. O destaque é a atualização semanal das previsões do Boletim Focus.
E faz sentido. No cenário internacional, investidores têm uma única preocupação: a decisão do Fed de cortar (ou não) os juros americanos. As apostas medidas pela ferramenta Fed Watch dizem que há 87,4% de chances para a redução da "Selic" americana em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,5% a 3,75% ao ano. Na quarta, o BC brasileiro também decide juros, com a previsão de que a taxa será mantida em 15% ao ano.
Com pouca emoção no noticiário, os futuros das bolsas americanas avançam, seguidos pelas bolsas europeias, que operam majoritariamente no positivo. Bons negócios.
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