Bom dia!
A queda das ações da Nvidia está, mais uma vez, no centro do noticiário financeiro e é considerada a responsável pelo começo de dia negativo em Wall Street. Dessa vez, porém, desacompanhada da palavra "bolha".
De acordo com reportagem da Bloomberg, a Meta, dona do Facebook, está em uma negociação bilionária para usar chips da Alphabet (ou Google, se você preferir) em seus data centers a partir de 2027. A opção pelo produto de outra big tech pode tirar a supremacia da Nvidia neste mercado, isso em um momento em que investidores questionam quanto mais a empresa pode ampliar seu faturamento após a explosão de demanda. Ainda estamos falando de inteligência artificial, claro, mas dessa vez a discussão é sobre o possível surgimento de um competidor de peso à empresa considerada como a grande vencedora do fenômeno IA.
Nisso, as ações da Nvidia recuam 3,6%, enquanto os papéis da Alphabet sobem 3%. Já os futuros das bolsas americanas começam o dia em baixa.
Nos EUA, a agenda econômica começa a ganhar força com a divulgação atrasada da inflação ao produtor de setembro. Por lá, a empresa ADP, que processa folhas de pagamento, volta a divulgar os números semanais de emprego no setor privado, um dos indicadores que ganharam espaço com o apagão de dados públicos após o shutdown.
Na segunda, investidores viraram as apostas mais uma vez para a possibilidade de o Fed cortar juros na reunião de dezembro, algo que Jerome Powell tentou tirar da mesa após a decisão mais recente de política monetária. Mas declarações recentes de dirigentes do Fed com poder de voto, preocupados com a desaceleração da economia americana, devolveram as apostas para queda de juros por lá.
No Brasil, a agenda econômica é fraca, com destaque para o relatório de estatísticas do setor externo, com menos potencial de fazer preço. Por outro lado, a Faria Lima acompanha a possibilidade de o Senado aprovar a pauta-bomba que cria aposentadoria especial para agentes da saúde, em uma retaliação de Davi Alcolumbre, presidente da casa, ao presidente Lula. Apesar do risco fiscal, o EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, opera em alta no pré-mercado, na contramão do pessimismo americano. Bons negócios.
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