Bom dia!
As ações de empresas brasileiras começam a quarta-feira sob a pressão das novas alíquotas de importação de aço e alumínio, impostas pelo presidente americano, Donald Trump. O exemplo mais simbólico é a Gerdau: os papéis da companhia negociados em Nova York recuam 1,76% no pré-mercado, enquanto o EWZ, o fundo que representa a bolsa brasileira, cede 0,76%.
As demais grandes siderúrgicas brasileiras não têm papéis negociados em bolsa em Nova York.
Acontece que a Gerdau já é uma grande produtora de aço nos Estados Unidos, uma mudança de direção conduzida justamente após o primeiro governo Trump. Isso significa que ela não é a companhia mais afetada pela disputa comercial, e que suas concorrentes, como Usiminas e CSN, por exemplo, podem sofrer ainda mais com a alíquota extra. A taxa, que era de 25% desde março, subiu para 50%. E 70% de tudo o que o Brasil exporta no setor é destinado ao mercado americano.
Nisso, a tendência da bolsa brasileira vai na contramão das bolsas globais. Os futuros americanos avançam, assim como os principais índices europeus.
A agenda econômica é fraca no Brasil. Nos EUA, será divulgado o relatório ADP de emprego, uma estatística do setor privado e que funciona de prévia para o payroll, o dado oficial sobre o mercado de trabalho. Na terça, o relatório Jolts mostrou que a abertura de vagas de trabalho continuou firme em abril, isso apesar da incerteza causada pela guerra tarifária.
Também nesta quarta, o Fed divulga o Livro Bege, documento que descreve as condições da economia americana. Ele ganha mais destaque porque dirigentes do BC americano têm mostrado divergência na avaliação do impacto da guerra comercial sobre a atividade econômica do país. Bons negócios.
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