Bom dia!
Os mercados financeiros começam a sexta-feira rondando o zero a zero, sem convicção de qual direção tomar. Nos Estados Unidos, os futuros de S&P 500 e Nasdaq cedem apenas marginalmente, exibindo algum pessimismo após a divulgação de resultados da Amazon.
A companhia de Jeff Bezos divulgou na quinta à noite os números do quarto trimestre com a expectativa de que as vendas desacelerem neste ano, isso enquanto os gastos com infraestrutura para inteligência artificial devem se expandir. Os papéis da Amazon cedem mais de 2% no pré-mercado.
Isso é o que investidores têm para começar o dia, enquanto esperam a
divulgação do payroll, o relatório oficial de desemprego nos Estados Unidos. Economistas acreditam que a taxa de desocupação tenha permanecido estável em 4,1% em janeiro, com a criação de 170 mil vagas de trabalho. O número, se confirmado, será menor que os 256 mil postos abertos em dezembro.
Os EUA celebram o resfriamento moderado do mercado de trabalho com a perspectiva de redução da pressão do emprego sobre a inflação. Ainda assim, as apostas dos investidores são de que um novo corte de juros pelo Fed ocorrerá apenas em junho.
No Brasil, o destaque é o balanço do Bradesco. O bancão atravessou uma crise de inadimplência e viu sua rentabilidade minguar nos anos recentes. Com necessidade de mudar a direção, o banco chegou a trocar seu CEO de forma considerada abrupta pelo mercado, algo raro na gestão de instituições financeiras.
Nesta manhã, o Bradesco anunciou lucro líquido de R$ 5,402 bilhões no quarto trimestre, alta de 87,7% em comparação com igual período de 2023. Ainda assim, o ROE, que mede a rentabilidade da operação, segue em 12,7%, muito abaixo da média histórica e dos pares, que gira ao redor de 20%. Os papéis do Bradesco negociados em Nova York cedem no pré-mercado. O EWZ, fundo que mede o desempenho geral das ações brasileiras em NY, consegue manter uma leve alta nesta manhã. Bons negócios.
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