Bom dia, investidores, Os destaques do dia são a Petrobras e seus dividendos - ou a falta deles. As ações devem cair durante o dia, com a notícia de que a empresa irá guardar o excedente de lucro e não irá distribuir proventos extraordinários. Há alguns dias, a menção de que a estatal poderia ser mais conservadora com seus pagamentos já levou a perdas bilionárias. Outro destaque é a divulgação do pay-roll, um importante indicador da economia dos EUA. Nesta newsletter, também falamos do resultado da Arezzo, preferida do setor para algumas casas de análise, e das Lojas Quero-Quero. A Petrobras (PETR4) teve queda no lucro e não distribuirá proventos extraordinários. O lucro total da petroleira em 2023 ficou em R$ 136 bilhões, o que significa uma redução de 24,2% em relação a 2022, quando havia atingido recorde histórico entre todas as empresas brasileiras. Já o lucro líquido foi de R$ 124,6 bilhões, queda de 33,8%. Mesmo com a retração, o lucro em 2023 foi o segundo maior da história da Petrobras, de acordo com o balanço. Ela deve pagar R$ 14,2 bilhões de dividendos referentes ao último trimestre, chegando a R$ 72,4 bilhões pagos no ano, corrigidos pela taxa Selic. A má notícia para o mercado é que a estatal não irá pagar dividendos extraordinários. Todo o lucro restante depois do pagamento dos proventos ordinários irá para a reserva. Para a Ativa, as receitas vieram ligeiramente abaixo do esperado, mas os resultados operacionais foram sólidos. Apesar disso, "a opção do Conselho de Administração por reter todo o potencial de dividendos extraordinários deve se traduzir em grande decepção às ações", diz a corretora. Os mercados nem abriram e as ações da petroleira já estão em queda. Antes da abertura do mercado, as ADRs PBR (que são ações da empresa negociadas na Bolsa de Nova York) estavam caindo 11,70% por volta das 8:30. O lucro líquido das Lojas Quero-Quero (LJQQ3) saltou quase 17 vezes no terceiro trimestre de 2023. A companhia divulgou seus resultados na quarta, dia 6, após o fechamento do mercado. A Quero-Quero lucrou R$ 60,2 milhões no período, contra R$ 3,6 milhões em 2022. O lucro ajustado foi de R$ 9,5 milhões, alta de 21,7%. O BofA (Bank of America) mantém a classificação de compra da ação. Os cortes na taxa de juros podem ter impacto positivo no lucro por ação, e a empresa pode recuperar a rentabilidade no médio prazo. "Nosso otimismo baseia-se na liderança em escala regional da LJQQ e na sua oportunidade de consolidar mercados excepcionalmente fragmentados", dizem os analistas. Já o Itaú BBA diz que os resultados do 4T23 foram fracos, mas melhores do que o esperado. A recomendação é neutra. "Acreditamos que a empresa poderá aproximar-se de um ponto de virada na dinâmica operacional, apoiando a nossa visão positiva sobre a sua trajetória de longo prazo e a nossa classificação de desempenho superior das ações", destacam os economistas. Já a Arezzo (ARZZ3) viu seu lucro crescer, com alta na receita em todas as marcas.A Arezzo & Co apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 125,7 milhões no quarto trimestre de 2023, uma alta de 22,5% na comparação com o mesmo período de 2022. Para a Ativa, a Schutz ainda está com um desempenho fraco - em dezembro, duas lojas da marca foram fechadas nos EUA. Mesmo assim, "Arezzo & Co demonstrou novamente seu potencial e poder de marca", disse a corretora, que tem recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 92,40, um potencial de valorização de 56,2%. Para a EQI Research, a Arezzo é a melhor ação no varejo de roupas, na comparação com o Grupo Soma e a Renner. Isso porque ela tem marcas mais premium, como Reserva, Vans e a própria Arezzo. Os EUA divulgam hoje, às 10h30, o Payroll, relatório com dados oficiais sobre emprego no país. A expectativa é que 200 mil vagas sejam criadas. Os dados são aguardados pelo mercado, porque sinalizarão o quanto a economia do país está aquecida e, consequentemente, se isso pode fazer com que o Fed não corte os juros tão cedo. A próxima reunião do banco acontece nos dias 19 e 20 de março. Veja o fechamento de dólar e Bolsa na quinta-feira (7): Dólar: -0,24%, a R$ 4,934 B3 (Ibovespa): -0,43%, aos 128.339,76 pontos. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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