Bom dia! O calendário dos investidores globais está cheio de desencontros. Enquanto a China volta do seu feriado de Ano Novo Lunar e o ano finalmente começa no Brasil, os americanos prolongam o final de semana para celebrar o Dia do Presidente. Esses descasamentos de agenda tendem a reduzir o volume de negócios nas bolsas e gerar mais volatilidade.
A reabertura da bolsa na China foi tímida. O índice CSI 300, que combina as bolsas de Xangai e Shenzhen, avançou 1,16%, alta considerada modesta. Isso porque a avaliação do feriado foi positiva: durante o recesso, chineses viajaram e consumiram acima das expectativas, o que seria um indicativo de alta para os mercados, isso sem falar nas intervenções do governo de Xi Jinping para conter o pessimismo com a economia (e com as bolsas). Enquanto isso, as bolsas de Hong Kong e Tóquio recuaram. O minério também retornou do feriado em baixa na bolsa de Dalian e chegou a cair quase 3% em Singapura. O petróleo recua quase 1%. A combinação tende a pesar sobre a bolsa brasileira, extremamente dependente de commodities. Na Europa, os principais índices recuam nesta segunda, após a sequência de altas que levou as ações a se aproximarem dos recordes. É comum que após subidas consistentes e sem o farol de Nova York, as bolsas recuem. Isso ajuda a explicar também o que pode acontecer com o Ibovespa, que sofre ainda com a agenda fraca do dia. O indicador mais importante é o IBC-BR, usado pelo Banco Central para medir a atividade econômica do país. O dado sempre chega bastante defasado: analisará as condições da economia em dezembro. A expectativa é que a atividade tenha acelerado para 0,80%, ante o 0,10% de novembro. A ver se a confirmação será suficiente para animar a Faria Lima. Bons negócios. |
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