Com o número de mortos até agora podendo passar de 3.000, o quarto dia da guerra no Oriente Médio foi marcado por troca de acusações entre Israel e a ONU. As Nações Unidas apelaram para que o governo de Benjamin Netanyahu não ataque civis palestinos, alertando que o cerco crescente à Faixa de Gaza poderia ser enquadrado como crime de guerra. Israel, que segundo analistas prepara uma incursão por terra no território palestino, negou que esteja mirando civis. Na madrugada desta terça (10), mais de 200 alvos foram atacados por Israel, que afirma ter matado dois ministros do Hamas. Por outro lado, o grupo extremista voltou a ameaçar de morte os civis israelenses que mantém -e que poderiam chegar a 150, segundo Israel. Também segue no radar o temor de que o movimento libanês Hezbollah e mesmo o Irã, aliado dos palestinos, sejam arrastados para a guerra. Reinaldo Azevedo especula sobre o que Netanyahu quer dizer com querer "mudar a história do Oriente Médio" e analisa as críticas que o premiê israelense recebeu da imprensa internacional, inclusive da de seu próprio país, após sua reação ao brutal ataque terrorista do Hamas. Já o jurista Wálter Maierovitch analisa a guerra do ponto de vista do direito internacional, afirmando que o Hamas praticou terrorismo, mas Netanyahu não deve esquecer que "há limite para o exercício da legitima defesa também em caso de terrorismo" —e não se pode nunca colocar em risco a população civil. E Leonardo Sakamoto ressalta que a retirada dos brasileiros que estão em Gaza é um "inferno logístico" que terá que ser enfrentado pelo governo brasileiro. Ele elogia o fato de ter havido uma resposta rápida, com o oferecimento de voos de repatriação. Reinaldo Azevedo: Hamas sempre pior; jornais de Israel fustigam Bibi, que jura mudar o mundo Wálter Maierovitch: Guerra Israel-Hamas coloca direito internacional em xeque Leonardo Sakamoto: Retirada de brasileiros de Gaza é 'inferno logístico' Leonardo Sakamoto: Espero que Lula condene os ataques contra Gaza, diz liderança palestina José Paulo Kupfer: Preços do petróleo e do dólar caem; nos mercados ambiente é de trégua Graciliano Rocha: Como o conflito Israel-Hamas bateu aqui e nos mercados globais até agora Mariana Londres: Guerra e juros nos EUA reduzem espaço para corte mais agressivo na Selic Natalia Timerman: Israel x Hamas: para quem torcer nesta guerra? |
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